O mercado propõe, de novo, uma viagem no tempo para recordar ofícios, costumes, utensílios, artes, jogos tradicionais com o recurso a figurantes trajados a rigor de forma a serem recriadas fielmente as práticas, as vestes, os instrumentos e as rotinas de outros tempos, centradas no final do século XIX e início do século XX.
A iniciativa tem vindo a crescer em número de visitantes e coletividades tornando-a numa das maiores e importantes manifestações realizadas em toda a Área Metropolitana do Porto. Este ano o mercado alarga, pela primeira vez, a sua área de influência a uma das maiores avenidas do centro urbano acautelando o crescimento sustentável do evento quer ao nível da segurança, quer na oferta de melhores condições aos participantes e visitantes.
“A dinâmica e o crescimento registado ano após ano, aliados à aposta na sua divulgação nacional, têm levado o mercado a ser procurado, cada vez mais, não só pela população local mas já por muitas pessoas de outras regiões do país pelo que este ano decidimos promover o evento na Bolsa de Turismo de Lisboa na perspetiva de chegarmos a outro tipo de potenciais visitantes”, afirma Hermínio Loureiro, presidente da Câmara.
“Esta é uma recriação que movimenta os oliveirenses e o associativismo que é, sem dúvida, o grande suporte do mercado, não só pelo seu envolvimento e capacidade de mobilização mas também pela possibilidade que dá aos visitantes de ficarem a conhecer os costumes e as tradições dos nossos antepassados”, assinala Hermínio Loureiro.
“Somos um concelho que tem muito para dar e o mercado é orgulhosamente a montra da nossa história e identidade”, reforça, afirmando que “será um fim-de-semana inesquecível valendo a pena vir até Oliveira de Azeméis passear, conviver e saborear um pouco do que é o nosso passado”.
Numa área aproximada de 38 mil metros quadrados e num quadro de ruralidade, o centro histórico da cidade será, durante dois dias, local privilegiado de encontro de gerações, um local de convívio, transmissão de conhecimento e partilha de saberes e experiências entre os mais novos e os mais velhos.
Serão dois dias a mostrar ao país as tradições e a história oliveirense, numa representação fiel da vida que os nossos antepassados levavam.
Pelo centro urbano o visitante verá artesãos a trabalhar ao vivo naquilo que será a recriação de artes e ofícios antigos, poderá comprar produtos típicos e hortícolas, comer nas tasquinhas espalhadas pelo recinto ou participar em jogos tradicionais. O tradicional pão de Ul, fabricado em forno de lenha, será presença habitual.
À vista sobressairá um ambiente de ruralidade proporcionado não só pelas dezenas de associações culturais, recreativas e desportivas locais mas também pelo “Mercado das Regiões” com produtos de várias regiões do Norte premiados pela associação “Qualifia”, e pelo projeto “Há festa na aldeia”, da ADRITEM - Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Terras de Santa Maria.
Mas outras surpresas estão preparadas como arruadas, teatro de rua, música tradicional, percussão popular, dança, além da música de ranchos folclóricos do concelho.
Destinado a assinalar o 20ºaniversário do mercado, a organização promove, no dia 15, um espetáculo com a cantora de fado Carminho, que encerra a edição de 2016.
O Mercado à Moda Antiga nasceu em 1997 com o objetivo de se realizar apenas nesse ano mas o projeto acabou por ter continuidade e ganhar projeção nacional. Vinte anos depois, o evento, atrai visitantes de muitas regiões do país sendo o maior cartaz cultural de Oliveira de Azeméis.
Vai longe o ano de 1997 quando a iniciativa, com o apoio da autarquia, se realizou pela primeira vez, por ação do Grupo Recreativo, Associativo e Cultural de Cidacos (GRACC).
O evento é organizado, desde 2014, pela Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis e tem como parceiro a Federação das Associações do Município de Oliveira de Azeméis (FAMOA).